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Covid 19: marcas do setor de moda sobrevivem?

Covid 19: marcas do setor de moda sobrevivem?



A pandemia de Covid-19 abateu muitas empresas do setor de moda em 2020 tanto artigos de vestuário quanto de calçados e acessórios. De acordo com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) foram mais de 22,9 mil lojas que fecharam.

No Rio de Janeiro, o impacto foi imenso, até mesmo porque o setor é muito relevante na economia do Estado. Segundo dados mais atuais da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (FIRJAN) chegam a um total de 27 mil empresas.

Ainda segundo a FIRJAN, esse número representa o somatório das indústrias, lojas e outras atividades, que corresponde a 195 mil trabalhadores com carteira assinada. As empresas podem fechar. Mas, quão resilientes são as marcas de moda?

Veja nesse artigo como as marcas de moda estão sobrevivendo nesse contexto e lidando com os impactos do Covid-19. Será que a maioria das marcas sobreviverá?

O valor das marcas no setor de modas

Com frequência observa-se grandes empresas do setor de moda comprando ou se unindo com outras. Neste sentido, o objetivo é fortalecer sua participação no mercado local e nacional e até mesmo na exportação.

Desde pelo menos 2010, Fundos de Investimento em Participações têm comprado parcelas ou a totalidade do capital social de empresas do setor de moda. Nesse caso, podem ser as tradicionais, bem como as novatas bem-sucedidas, principalmente face à força das marcas.

Recentemente, movimentos estratégicos desse tipo ocorreram, com forte repercussão na Bolsa de Valores (B3). Por exemplo, a proposta do grupo Soma, dono das grifes Animale e Farm, de aquisição da Cia. Hering por R$ 5,1 bilhões.

Nas transações empresariais de Fusões e Aquisições (do inglês Merger and Aquisition, M&A), a marca é um dos mais, se não o maior, alvo de interesse. Visto que dado seu valuation (valor econômico do ativo) muitas vezes alcançar mais que 50% do total.

Não é incomum que uma companhia do setor de moda, que construiu a sua marca própria relevante ao longo do tempo. Assim como, deparamos com dificuldades financeiras, quase sempre devido a fraquezas gerenciais, tornando-se, assim, do interesse estratégico de grupos economicamente mais fortes.

Temos observado, inclusive, que o “ativo” marca está sendo utilizado, para servir de garantia em operações de financiamento. E em processos de Recuperação Judicial e Recuperação Fiscal, às vezes, é o principal ativo a ser dado em garantia.

O valuation da marca

E também um dos efeitos econômicos da pandemia do Covid-19 foi observado nas empresas familiares, especialmente do setor de moda. De fato, trata-se do aumento do desejo de acelerar processos de sucessão, partilha e heranças.

O que chama a atenção é que na avaliação financeira dos bens físicos, se soma agora o valuation da marca.
E o que acontecerá com as empresas de moda e suas marcas maravilhosas, em 2022? Esta é uma pergunta importante, pois é quando se concretiza a recuperação econômica viabilizada pela vacinação da maior parte da população.

O cenário mais provável se sustenta na argumentação de que o comportamento médio do consumidor ditará quais marcas terão maior força de recuperação.

Mas, ainda não está muito claro, quais impactos, e em que proporção, a pandemia do covid influenciará nos hábitos de consumo. Bem como nas vendas de produtos e serviços.

No momento, é possível especular que terão melhor desempenho as marcas de moda que estiverem atentas para alguns fatores.

Ou seja, as que demonstrarem maior capacidade de associarem-se a propósitos sociais e culturais, como diversidade étnica e cuidado com o meio ambiente. Será mesmo?

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