A AMCHAM promoveu dois debates de 90 minutos cada no dia 10/03/2022.
Eu atuei como moderador no primeiro, que teve em Paula Attie e Guilherme Mercês excelentes palestrantes.
A seguir resumo as principais conclusões, destacando-se os efeitos (a) da queda do convid-19 e (b) guerra na Ucrânia:
1) A economia mundial entrará em grande ciclo de dificuldades, que vai durar até 2025 / 26.
2) Cenário de aumento das taxas de inflação e juros, e queda nas taxas de crescimento do PIB.
3) Trata-se de choque de oferta, como no covid-19, mas de intensidade ainda incerta.
4) Os mercados futuros estão precificando esses cenários, mas ainda há grande volatilidade.
5) É cedo para se afirmar se de fato teremos estagflação, porque ainda não está claro o teor das políticas a serem adotadas pelos bancos centrais dos EUA, Europa e Japão. Na crise do covid-19 houve grande coordenação entre eles.
6) A pauta ESG sofrerá retrocesso, mas somente a curto prazo, face à necessidade da Europa se adaptar a possível embargo energético da Rússia.
7) Nas finanças corporativas deveremos ter: (a) empresas que não são dominantes em seus mercados terão queda de margem de lucro face à dificuldade em repassar para seus preços de venda os aumentos de custos, e (b) possivel necessidade de se reestruturar (alongar) passivos.
8) Possivelmente continuará forte o mercado de M&A, dado que se terá muitas empresas-alvo para aquisição, seja porque (a) algumas potencialmente boas estarão momentaneamente desvalorizadas e (b) algumas se mostrarão resilientes e muito promissoras.
No evento, organizado por Pedro Spadale (Gerente Executivo da Amcham-RJ) e sua equipe, palestraram:
Paula Attie – Head do CME Group Brazil e Co-Chair 100 Women in Finance Brazil.
Guilherme Mercês – ex-Secretário de Fazenda do Estado do Rio de Janeiro e Sócio Fundador do Future Tank
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