Os mercados financeiro e de capitais, já precificam o efeito da combinação das guerras biológica (vírus contra humanos) e geopolítica (humanos contra humanos).
O desdobramento prático desse “ambiente de negócios” (em todo o mundo) em M&A para empresas PME ? Trata-se de um muito bom momento, para quem está na “ponta da venda” (sell side) em setores como: Educação, Saúde, Energia, Logística e Agronegócio.
Veja a seguir “o por que ?”.
AÇÕES VALUE
Empresas que têm realização contínua de vendas, mas crescimento anual a taxas relativamente menores, contudo se beneficiam dos investimentos já realizados no passado, e portanto geram mais lucro e caixa a curto prazo. Exemplo: bancos tradicionais e usinas hidrelétricas.
AÇÕES GROWTH
Empresas que têm relativamente pouca geração de vendas a curto prazo, mas têm expectativa de crescimento anual a taxas muito elevadas no futuro, porém precisam realizar grandes investimentos no curto prazo, e portanto geram pouco (ou negativo) lucro e caixa a curto prazo. Exemplo: empresas de tecnologia de modo geral, e aquelas de setores tradicionais, mas que estão se apoiando em forte informatização de seus processos (ex: bancos digitais, varejo com e-commerce).
Naturalmente, essa distinção vale para empresas de todos os portes desde startups até as gigantes; e sejam com ações em bolsa (são 40 mil em todo o mundo) e as demais (são 10 milhões; eu estimo).
A discriminação entre empresas “Value” e “Growth” tem correlação com o setor de atividade, e não com o porte da empresa. Podemos dizer que setores “Value” regra geral exigem maiores gastos (investimentos; Capex) iniciais de instalação e menos gastos (operacionais; Opex) continuados. Os “Growth” são o contrário.
Muitos dos “Value” têm elevada barreira de entrada. E algumas vezes têm algum grau de regulação governamental, por serem vários deles de infraestrutura (energia, água, saneamento, comunicações, rodovias, portos e aeroportos, escolas, hospitais, sistema financeiro “clássico”).
Por esso motivo as vendas, e portanto lucros e geração de caixa, tendem a ser menos voláteis; o que em última instância, os fazem ser setores de menor risco, e por outro lado, de menor rentabilidade.
Setores “Growth” por dependerem de grandes investimentos continuados, precisam de funding (equity e debt), que ficam mais caros se as taxas de juros sobem.
O Valuation destes setores, tipicamente baseado no método do Fluxo de Caixa Descontado, tem custo de capital maior, o que deprecia o valor do ativo (seja um projeto ou empresa já operando). Por esse motivo tendem a ter maior risco e portanto maior rentabilidade.
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