Para situações de compra, venda ou encerramento de uma empresa é preciso avaliar o quanto vale o negócio. Neste sentido, são utilizados dois tipos de valores: o contábil e o econômico.
Entenda com esse artigo o que é um cada um desses tipos de valores para avaliação do valor de uma empresa.
Um dos tipos de valores considerados para saber quanto vale uma empresa é o contábil. Este é conhecido por meio do balanço patrimonial apurado segundo as normas padrão de contabilidade. Além disso, este valor é útil apenas nos casos de encerramento de atividade.
Esta limitação advém do fato de que a contabilidade trata dos registros dos fatos passados e não o potencial futuro de um negócio. Então, no caso do encerramento das atividades da empresa, deve-se proceder a apuração do balanço especial.
Desse modo, deve ser feita a identificação do valor de mercado (venda) de todos os ativos, tais como:
Assim, suponha que se apure o montante de R$ 15 milhões. Em seguida, deve ser realizada a apuração de todas as obrigações a pagar, tais como:
No exemplo apresentado, considere que seja de R$ 9 milhões.
Então, o patrimônio líquido, o valor que cabe aos sócios, é de R$ R$ 6 milhões (15 milhões menos 9 milhões). Este é o chamado valor de liquidação. Dessa forma, vendendo todos os ativos e após pagar as obrigações, restam R$ 6 milhões para os sócios.
O outro dos tipos de valores considerados para saber quanto vale uma empresa é o econômico. Este é útil para fazer um levantamento do valor da empresa, que continuará operando no futuro.
O princípio fundamental é o conceito econômico de “margem”. Visto que indica que as decisões econômicas devem ser tomadas considerando os custos e benefícios futuros. Ou seja, diferentemente do valor contábil que considera os fatos passados.
Assim, o valor econômico de um empreendimento é considerado em função do fluxo de caixa futuro esperado. Isto é, o fluxo de caixa que se espera gerar no futuro, ao longo do tempo, e começando agora, na data da avaliação.
É de senso comum que um lote residencial ou comercial em uma área urbana de uma cidade tem um grande valor econômico. Visto que consideram que este ativo pode gerar valor ao seu proprietário quando ocorrer a revenda ou locação.
Por isso, em termos de valor econômico é preciso considerar que um ativo que não possa gerar caixa em um futuro previsível não pode ser assim classificado.
Por exemplo, uma jazida de minério de ferro que está localizada a uma grande profundidade. Esta localização torna o seu custo de extração tão elevado que supera amplamente o preço de venda. De fato, tanto no momento atual quanto a longo prazo.
Por considerar o valor econômico como função do valor do fluxo de caixa futuro, o método incorpora e atribui valor a todos os ativos. Assim, tanto os tangíveis quanto os intangíveis (marca, ponto, rede de clientes, tecnologia etc.) podem gerar aquele resultado futuro.
Além dos dois tipos de valores para uma empresa, temos de tratar também do Preço Negociado. Neste sentido, podemos considerar para a definição do valor econômico de uma empresa, o método do fluxo de caixa descontado.
Assim, é elaborado um laudo técnico de avaliação que indica o valor justo. Ou seja, o valor mais provável de se obter numa negociação, onde comprador e vendedor tem as mesmas informações.
Contudo, o valor final efetivamente negociado e acertado entre as partes pode diferir daquele indicado no laudo. Visto que entram em jogo fatores emocionais e até mesmo de competência negocial.
Então, a avaliação da empresa pode indicar um valor justo de R$ 20 milhões. No entanto, as partes podem chegar em uma negociação, por exemplo, em valores de R$ 18 milhões ou R$ 22 milhões.