Estimo que existem no mundo provavelmente 10 milhões de empresas de portes PME, grandes e gigantes, ou seja faturamento anual, indo do piso de US$ 2 MM ao teto de U$$ 20 Bilhões.

40 MIL O total das empresas listadas nas 30 maiores Bolsas de Valores do mundo, a B3 ai incluida. No Brasil são 450 empresas e nos EUA umas 10 mil (NYSE).

Então, as bolsas de valores são uma amostra de 0,4% do universo, ou seja do “ambiente” empresarial. Amostra pequena, mas que serve como representação, embora algo enviesada, e nem sempre consistente, no sentido estatístico.

Sobre o risco de tomarmos como verdade absoluta a análise das cotações das empresas, listadas nas bolsas de valores, e dai fazer inferência sobre a economia como um todo:

1- Ajudam a antecipar tendências.

2-Refletem opções e escolhas, racionais, mas também emocionais, dos investidores.

3-Tem o risco de formar expectativas exageradas.

4-A volatilidade de preços das ações, no curto prazo, é maior que a volatilidade dos lucros reais das empresas.

Ponto relevante: Os acionistas na bolsa / minoritarios são gestores de portfólios. Mas, os acionistas controladores / majoritarios são gestores “daquela” empresa.

Muitos exemplos podem ser dados sobre essa dicotomia. Um exemplo: taxa de juros sobe, então preços das ações caem, porque investidores (acionistas de portfólios) optam pela renda fixa.

Mas, embora a subida da taxa de juros desestimule a empresa seguir com seu Capex, não necessariamente essa é a decisão que será tomada pela acionistas (controladores) da empresa, porque o retorno do investimento poderá compensar o custo do capital. Então, qual tipo de acionista está certo: (1) o de portfólios ? ou (2) o controlador ?

O primeiro acredita que o melhor é “vender ações da empresa”, e o segundo acredita que é melhor “reter ações”, e até mesmo investir na empresa.